quinta-feira, 13 de junho de 2013

madre tereza de calcutá

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Boa tarde, amigos modernos!
A bondade do ser humano é sempre um tema polêmico. O que é certo e o que é errado quando falamos em uma causa pessoal ou coletiva? Hoje, vamos colocar o assunto em discussão, relembrando o nascimento de um dos maiores símbolos de bondade do século XX: Madre Teresa de Calcutá.
Madre Teresa de Calcutá nasceu na cidade de Skopje, Macedônia, em 27 de agosto de 1910. Sob o nome de Agnes Gonxha Bojaxhiu, a missionária veio de uma família católica da comunidade albanesa do sul da antiga Iugoslávia. Desde pequena descobriu seu dom para a vocação religiosa e ingressou na Ordem de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda, aos 18 anos. Como parte de sua formação religiosa, foi enviada para um colégio na cidade de Darjeeling, na Índia, em 1931. Foi nessa escola que, em 24 de maio de 1931, fez seus votos de obediência, pobreza e castidade, tornando-se noviça e adotando o nome de Teresa.
Mudou-se para Calcutá e estudou enfermagem. Deixou a Ordem das irmãs Loreto ao receber um chamado divino para viver com os pobres e exercer sua vocação. Desde então, dedicou sua vida ao trabalho com os pobres da capital indiana. Conforme seu trabalho crescia, aumentava o amor de Teresa pelo povo da Índia. Assim, ela adotou a cidadania indiana.
Apesar de ter abandonado o hábito da Congregação de Loreto, a Irmã Teresa continuava sendo uma religiosa de Calcutá. Logo, passou a se vestir com um sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Seria o seusnovo hábito, o vestido de uma modesta mulher indiana. Com afeto, a irmã dava lições de higiene, muitas vezes iniciava a aula lavando o rosto dos alunos. Depois ia de abrigo em abrigo levando, mais que donativos, palavras amigas e as mãos sempre prestáveis para qualquer trabalho.
Em 1948, o trabalho da Irmã Teresa já era bastante reconhecido em Calcutá. Dessa forma, com a ajuda de doações, ela conseguiu um albergue de peregrinos, perto do templo de Kali, onde ela fundou a Ordem das Missionárias da Caridade (1948) e passou a dar assistência aos necessitados.
A partir de 1949, começou a se formar uma pequena comunidade. O trabalho desenvolvido com os pobres de Calcutá envolveu a criação de escolas ao ar livre, centros para cegos, idosos, leprosos, aleijados e pessoas necessitadas de cuidados. Por toda a solidariedade prestada, a Ordem recebeu sanção canônica do Papa Pio XII, em 1950. Em reconhecimento a sua obra, em 1963, o governo indiano concedeu-lhe (1963) a medalha Senhor do Lótus. Em 1965, o Vaticano aprovou a Congregação como parte do trabalho da Igreja Católica no mundo.
Em 1975, Madre Teresa de Calcutá foi indicada ao Prêmio Nobel da paz, porém só recebeu o título em 1979. Em 1983, após um ataque cardíaco, sua saúde fica bastante comprometida e por isso, em 1990, ela solicitou seu afastamento do trabalho da Ordem. Seis anos mais tarde, ela volta a ser reeleita Madre Superiora da Ordem, mas já bastante debilitada acaba falecendo no dia 05 de setembro de 1997, vítima de uma parada cardíaca.
Todos os seus esforços puderam ser recompensados na ocasião de sua morte. Diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde seu corpo era velado, formou-se uma fila interminável de fieis querendo se despedir de Madre Teresa.  O mesmo veículo que, em 1948, transportara o corpo do Mahatma Gandhi foi utilizado para realizar o cortejo fúnebre da Mãe dos pobres.Como fundadora das Missionárias da Caridade, foi testemunho vivo de amor a Jesus Cristo por sua entrega total a serviço dos mais pobres entre os pobres. Seu exemplo haverá de ter sido um guia para a consciência da humanidade.

domingo, 2 de junho de 2013

humanização nas casas espiritas

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espiritualização passa necessariamente pelo processo de humanização da criatura. Em outras palavras: necessitamos antes de pensar em “plano espiritual” refletirmos sobre a importância de sermos humanos, solidários e benevolentes uns com os outros antes de olharmos para os Céus.
Nosso campo de trabalho por enquanto é aqui na Terra, ou seja, devo atender bem os amigos que estão aqui na Terra, os companheiros da “boa luta” que fazem parte do meu cotidiano e que são meus próximos mais próximos. Outro dia recebi um e-mail com os seguinte conteúdo: o dirigente de minha reunião mediúnica é educado e gentil com os espíritos que se manifestam, todavia quando dirige a palavra para um membro encarnado de nosso grupo sempre vem bronca e de forma acintosa.
Diante do desabafo indago: Por que tratar bem o espírito desencarnado e não dar o mesmo tratamento ao espírito encarnado?
Ora, somos todos iguais independentemente da condição em que nos encontramos, ou não?
Então, de que adianta sermos educados com os espíritos se não o somos com os companheiros aqui da Terra? É preciso, pois, humanizar-se!
Outro ponto: algumas pessoas dão mais valor ao que vem dos espíritos do que dos homens. Se um Espírito diz algo ela acredita piamente, mas se é alguém encarnado logo passa pelo crivo da razão. Allan Kardec ensina que os Espíritos são apenas os homens que aqui viveram e deixaram a vestimenta carnal, portanto, não possuem nem todo o saber e nem toda a moral, refletem na espiritualidade suas tendências, manias e outras coisas que os caracterizavam quando encarnados.
Diante do ensinamento de Kardec concluímos que os Espíritos não sabem tudo e que palavras boas podem vir tanto dos Espíritos quanto dos homens que ainda estão na Terra. É preciso, pois, humanizar-se!
Dia desses visitei o CE Eterna Amizade de Pederneiras SP e o CE Cairbar Schutel em Matão SP e notei a recepção calorosa dos amigos aos que chegavam à casa. Designaram voluntários para recepcionar as pessoas e entregar mensagens. Ótima iniciativa. Tem muita gente que chega pela primeira vez ao centro espírita e é necessário receber com carinho essas criaturas.
O centro espírita precisa ser um lar também para os que ainda estão aqui na Terra. É preciso, pois, humanizar-se! Outra coisa interessante foi o que ocorreu em CE Eterna Amizade, o mesmo que citei acima.
Dia de finados e realizaram uma palestra para abordar o tema: Perda de entes queridos. Entretanto não se restringiram a divulgar aos frequentadores da casa, foram além, arregaçaram as mangas e divulgaram para toda a cidade. Foi uma noite memorável. Mães e pais, católicos, evangélicos e sem religião recebendo em seus corações o consolo proporcionado pela doutrina espírita. Uma beleza! Por isso estou sempre batendo nesta tecla: Antes de cogitarmos das bênçãos dos Céus é necessário trabalhar aqui na Terra. Antes de nos espiritualizarmos é imprescindível sermos mais humanos. Pensemos nisso.
Wellington Balbo