quarta-feira, 12 de setembro de 2012

vivencia da felicidade

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Você está feliz hoje? Você é uma pessoa feliz? 
São duas questões bem distintas, que merecem nossa atenção. 
Normalmente, a felicidade é considerada como falta de sofrimento, ausência de problemas e de preocupações. 
O conceito, no entanto, é raso, destituído de legitimidade, porque se pode experimentar bem-estar, felicidade, portanto, em situações de dor, assim como diante de problemas e desafios. 
Parece um pouco difícil de se aceitar, de início, pois esse entendimento de felicidade como ausência de problemas, de incômodos, ainda está arraigado em nossa alma. 
A felicidade é um estado emocional, no qual as questões externas, mesmo quando negativas, não conseguem modificar o sentimento de harmonia. 
Da mesma forma, acontecimentos e circunstâncias perturbadoras são incapazes de alterar-lhe a magnitude, porque podem ser administradas e conduzidas a resultados edificantes. 
Sempre se considera a infelicidade como a má sorte, a debilidade orgânica, a presença de enfermidade, os problemas financeiros e emocionais, a solidão e a insegurança, deixando transparecer que a felicidade seria o oposto. 
Caso as ocorrências não sejam benéficas, propiciando prazer e poder, isso, de maneira alguma pode ser considerado como desgraça ou desar, dependendo, naturalmente, da maneira como sejam encaradas. 
Invariavelmente, a situação deplorável de hoje, se bem administrada, transforma-se em dádiva de engrandecimento interior e de compreensão dos acontecimentos existenciais, mais tarde, favorecendo a conquista da felicidade. 
Lembremos, por exemplo, dos ascetas, mártires e idealistas. 
Quanto mais enfrentam dificuldades melhor sentem-se, agradecendo à vida as aflições que os elevam, que os ajudam a concretizar os objetivos que abraçam e os santificam. 
No entanto, para o indivíduo comum, as sensações bem atendidas, o conforto, a conquista de valores amoedados, o experimentar de prazeres contínuos são fenômenos que se convertem em expressões de felicidade... 
A postura dos mártires tem a ver com emoções superiores da alma. A outra, diz respeito às sensações dos sentidos físicos de efêmera duração. 
Em geral, o sofrimento apresenta-se em todos os setores humanos como desdita ou infortúnio. 
Considerando-se, porém, que é inevitável, que sempre se apresentará, devido ao atual momento evolutivo do planeta, faz-se necessário mudar a perspectiva de encará-lo. 
Um recurso precioso é a constatação da sua transitoriedade, em face da maneira como deve ser encarado, dando-lhe qualidades positivas de aperfeiçoamento moral, de metodologia que leva à autorreflexão. Ao aprimoramento interior. 
A felicidade, desse modo, não é a falta de sofrimento... 
Pode-se ser feliz, embora com algum sofrimento, que não descaracteriza o bem-estar e a alegria de viver, propiciadores do estado pleno. 

Redação do Momento Espírita com base no cap. 19 do 
livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de 

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